Impossível não se encantar com as paisagens do percurso encravado entre a planície do Vale do Sinos e o Planalto da Serra Gaúcha. Marcado por traços europeus, vários desses destinos também fazem parte da Região das Hortênsias, que ganha especial atenção durante o inverno. Já dizia o poeta: o importante não é o destino, mas a viagem! E se a viagem for dentro do Brasil, o ditado torna-se ainda mais verdadeiro. Em qualquer canto desse país, um simples trajeto de um lugar ao outro pode desvendar paisagens muitas vezes desconhecidas e quase sempre surpreendentes. Portanto, nada melhor do que preparar uma road trip brazuca! Leia nossas dicas para aproveitar o máximo da sua road trip e confira algumas rotas de carro absolutamente incríveis para a sua próxima aventura – de vilarejos do interior a reservas naturais, vai dar vontade de nunca chegar ao destino final! Maior rota turística do país, a Estrada Real cobre 1.630 quilômetros passando por 163 municípios de Minas Gerais, 8 do Rio de Janeiro e 8 de São Paulo. Surgida no século 17, quando a Coroa Portuguesa decidiu oficializar os caminhos para o trânsito de ouro e diamantes de Minas até os portos do Rio, hoje é divida em quatro caminhos: Caminho Velho: também chamado de Caminho do Ouro, foi o primeiro trajeto determinado pela Coroa e liga Paraty (RJ) a Ouro Preto (MG), passando por Cunha (SP), São João del Rei e Tiradentes (MG). Caminho Novo: criado para servir como um caminho mais seguro ao porto do Rio de Janeiro, liga a capital carioca a Ouro Preto, passando pela região de Petrópolis (RJ), Juiz de Fora e Barbacena (MG). Caminho dos Diamantes: tinha a intenção de conectar a sede da Capitania, Ouro Preto, à principal cidade de exploração de diamantes, Diamantina (MG). Caminho Sabarabuçu: cercado por incríveis paisagens de montanha e lendas que permeiam o imaginário popular, liga Catas Altas a Glaura (distrito de Ouro Preto), em MG. Hoje, a ideia dos percursos é justamente valorizar as belezas da região. E, de fato, alguns dos mais belos cenários nacionais estão por lá, como as serras do Espinhaço, da Piedade e dos Órgãos. Informações mais detalhadas estão no site do Instituto Estrada Real. Leia também: Viaje ao passado pelas cidades históricas de Minas Gerais Nove municípios paulistas, em cujas regiões se localizam estâncias hidrominerais, compõem o chamado Circuito das Águas Paulista. Águas de Lindoia, Amparo, Jaguariúna, Holambra, Lindóia, Monte Alegre do Sul, Pedreira, Serra Negra e Socorro, cada uma a seu modo, possuem atrações diversas, além das fontes, rios, cachoeiras e tratamentos termais que lhe deram fama. Vale a pena percorrer uma a uma. Amparo é conhecida como o Portal do Circuito das Águas. As termas de Águas de Lindóia têm fama internacional e atraem visitantes do mundo todo. Em Serra Negra, é possível beber água natural diretamente da fonte. Socorro é reconhecida por seus esportes de aventura, praticados no Rio do Peixe que corta a cidade. Em Jaguariúna, a atração são os vários pesqueiros nos lagos de minas naturais. E na Reserva Ecológica “Mundão das Trilhas” – entre as Amparo e Pedreira – é possível navegar por trechos do Rio Camanducaia e conhecer antigas trincheiras da Revolução de 32. Mais informações no site do Circuito das Águas Paulista. Leia também: Passeios bate volta saindo de São Paulo No centro-oeste do país, uma estrada de terra batida de pouco mais de 165 km, na divisa entre os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, acabou virando uma grande atração turística da região. Não tanto pela rodovia em si, que é sim difícil – somente com veiculo 4×4 – mas pela riqueza da biodiversidade do Pantanal. A MT-060, mais conhecida como a Transpantaneira, liga o município de Poconé e seu distrito Porto Jofre, na beira do Rio Cuiabá. A ideia era construir uma rodovia para atravessar todo o Pantanal (até Corumbá, na fronteira com a Bolívia), mas problemas com a obra original fizeram a Transpantaneira se limitar a esse trecho que hoje atrai biólogos, cientistas, amantes da natureza e viajantes curiosos. Pelo caminho vê-se, entre outras espécies, garças, jabirus, capivaras, jacarés, cobras e, com sorte, até jaguares. Também há 120 pontes sobre pântanos pela estrada, 118 delas de madeira. O ideal é percorrer a Transpantaneira em alguns dias, pernoitando nas fazendas locais e conhecendo os moradores. São quase 1.200 km de extensão, cruzando Brasília, Goiás, Minas Gerais até chegar ao Rio de Janeiro. Mas é um percurso de menos de 70 km – entre Petrópolis e a capital carioca – o xodó da BR-040. Batizada de Rodovia Washington Luís, o trecho já chama a atenção pelo caráter histórico, já que em 1928 foi inaugurada como sendo a primeira rota pavimentada do Brasil, um marco do desenvolvimento do país. Depois, por ligar dois destinos tão belos e ricos em natureza e biodiversidade. Quem “sobe a serra” até Petrópolis, estará cercado pelas reservas biológicas de Araras e de Tinguá, pelo Parque Natural Municipal de Taquara, pelo Parque Nacional da Serra dos Órgãos e pela Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, para nomear alguns dos exemplares de Mata Atlântica da região. Para completar, a estrada é moderna e segura, e o clima na região é sempre ameno, raramente passando dos 23oC. Pesquise pousadas em Petrópolis Eis uma rota basicamente sem pavimentação, para carros (e motoristas) fortes: a Rodovia Transamazônica, oficialmente BR-230, une a cidade portuária de Cabedelo (na Paraíba) com Lábrea (no Amazonas). São sete estados brasileiros atravessados ao longo de seus mais de 4.200 km – também Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins e Pará. Foi uma das “obras faraônicas” do regime militar, construída na década de 1970 com o controverso intuito de melhorar a qualidade de vida da população da região selvagem da Amazônia. É hoje a terceira maior rodovia do Brasil, com mistos de asfalto e de terra, e com trechos desmatados e outros ainda rodeados de floresta. A forte influência da imigração europeia no sul do Brasil pode ser explorada em uma linda rota que contempla alguns dos municípios mais simpáticos do Rio Grande do Sul. A chamada Rota Romântica, que passa pela RS-235 e BR-116, se espalha por 184 km onde arquitetura, gastronomia e natureza são destaques pelo caminho. A rota cobre 14 municípios gaúchos: São Leopoldo, Novo Hamburgo, Estância Velha, Ivoti, Dois Irmãos, Morro Reuter, Santa Maria do Herval, Presidente Lucena, Linha Nova, Picada Café, Nova Petrópolis, São Francisco de Paula, Gramado e Canela. Ainda que cada um dela possua atrativos que valem uma visita, são as duas últimas as meninas-dos-olhos da Serra Gaúcha. Qualquer parte de Florianópolis vale a pena ser explorada, mas o sul da ilha guarda encantos especiais… Ninguém vai reclamar de ter que fazer um trajeto desses… Os riachos que nascem na Serra do Mar são alguns dos destaques na Estrada da Graciosa Nada mal dirigir pela primeira estrada ecológica do Brasil para chegar a um destino como Itacaré… Estrada Real (MG/RJ/SP)Um dos caminhos da Estrada Real levam a Ouro Preto, uma das maiores joias mineiras © geoglauco
Circuito das Águas Paulista (SP)
Transpantaneira (MT/MS)
Rio de Janeiro – Petrópolis (BR-040)
Transamazônica (PB/CE/PI/MA/TO/PA/AM)
Rota Romântica (RS)
Praias de Florianópolis (SC)
Fortaleza – Jericoacoara (CE)
Estrada da Graciosa (PR)
Estrada Parque da Serra, Ilhéus-Itacaré (BA)
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